Preso na Penitenciária de Segurança Máxima em Campo Grande (MS) um homem virou “influenciador” no Tik Tok e já tem mais de 30 mil seguidores postando vídeos com a rotina vivida dentro da cadeia.
Pois é, se às vezes o seu celular não “pega”, isso não é problema para o detento, que não foi identificado, o sinal está sempre bom, apesar do local em tese não permitir o uso o aparelho.
“Oh cadeia aí meu truta, oh como é que está. Sextou, esse aqui que é o ambiente”, diz ele em um dos vídeos com mais de 4,5 milhões de visualizações.
Nas imagens além de mostrar como é uma cela, a rotina dele e dos colegas de confinamento, também faz um “tour” mostrando como é o local, o dia a dia e até mesmo a “cascuda” que é como eles chamam as marmitex recebidas como alimentação.
Para passarem o tempo, por exemplo, os presos fazem roda de capoeira e em um dos vídeos ele cita que a cadeia é “um inferno”.
Nos milhares de comentários, internautas. “Que triste, espero que piore”.
Um outro escreve. “Eu morreria na primeira 1h de cadeia, por isso nunca penso em fazer absolutamente nada KKKKK tenho mt amor a vida”, reflete.
A audácia é tanta, que ele chega a filmar a ação da polícia no local.
Em nota a Agência Penitenciária de Mato Grosso do Sul pontuou que os vídeos são antigos, pois essa não seria a estrutura atual do presídio. E também negou que uma operação pente-fino realizada no local ontem (8) tenha relação com os vídeos divulgados.
“A Agepen informa que os vídeos veiculados são antigos e não condizem com a estrutura atual do presídio. Referente à operação pente-fino realizada hoje, não tem relação com as postagens, integra o cronograma de segurança da instituição, como outras vistorias já realizadas”, destacaram.
Ainda segundo a nota, a Agepen informou que “o objetivo sistema prisional de Mato Grosso do Sul é zerar as comunicações ilícitas nas unidades prisionais, e a Agepen, por meio de sua Polícia Penal, tem trabalhado ativamente para isso.”
Está sendo providenciada a instalação de telamento (pois um dos principais problemas enfrentados são os arremessos externos de ilícitos, inclusive com o uso de drones)”, afirmaram.
Segundo a Agepen são feitas Inspeções regulares em celas, realizadas pelos policiais penais (rotina) e também existe uma monitoração por parte do serviço de inteligência, inclusive integrado a outros órgãos da segurança pública.