O ex-governador André Puccinelli (MDB) anunciou oficialmente que não disputará a Prefeitura de Campo Grande nas eleições municipais deste ano, nem concorrerá a vereador. O anúncio que pôs fim à sua pré-candidatura foi feito na tarde desta terça-feira (25), após uma reunião com deputados, vereadores e pré-candidatos no Diretório Estadual do MDB.

Embora fosse um nome forte, Puccinelli não conseguiu convencer a Executiva Nacional do MDB a liberar os recursos necessários do fundo eleitoral para sua campanha. Ele foi a Brasília duas vezes, mas o partido ofereceu apenas 20% do valor que ele esperava.

Segundo membros do partido, esse valor não seria suficiente para estruturar a campanha e competir com duas fortes candidaturas: a da prefeita Adriane Lopes (PP) pelo Município e a do deputado federal Beto Pereira (PSDB) pelo Estado.

A pré-candidatura de Puccinelli esteve cercada de incertezas desde o início, mas ele insistia que seu nome estaria nas urnas. Suas movimentações nas redes sociais indicavam sua vontade, compartilhando planos para a cidade.

Com a desistência de Puccinelli, o MDB agora precisa decidir qual rumo tomar. A decisão será anunciada ainda nesta semana, dependendo das discussões internas do partido. A reunião desta tarde também servirá para os emedebistas decidirem com quem irão se aliar nas eleições da Capital.

Uma das possibilidades é uma aliança com o PSDB, que já existe no interior de Mato Grosso do Sul. Em março deste ano, Puccinelli e o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) estavam juntos no lançamento da pré-candidatura do médico cirurgião Gabriel Alves de Oliveira (PSB) à Prefeitura de Corumbá.

O outro caminho seria apoio a prefeita de Campo Grande. Puccinelli já havia confirmado as conversas com o PL (Partido Liberal). Segundo o ex-governador, uma ala da sigla de direita gostaria da aliança, mas ainda era preciso a aprovação do “chefe”, o ex-presidente Jair Bolsonaro. As conversas aconteceram enquanto o ex-governador ainda era pré-candidato.