“É uma dor no coração precisar parar. Tenho bastante saúde para continuar trabalhando, mas talvez, tenha que parar por causa da dívida ser muito grande”. Aos 91 anos, a Irmã Ilídia Dan tem se preocupado com a possibilidade de ser forçada a deixar o serviço que presta há mais de dez anos com terapia de florais. Destacando que a idade nunca foi um empecilho, conta que a pandemia desestruturou sua vida financeira e, por isso, resolveu pedir ajuda para pagar as contas e continuar trabalhando.

Parte da Congregação das Irmãs de Jesus Adolescente, Ilídia explica que além do serviço missionário, se encantou com a medicina oriental e, desde então, passou a desenvolver o trabalho com a terapia floral.

Eu abri o consultório há mais de dez anos e não sou capaz de ficar parada. Então trabalho com a medicina oriental, faço trabalho com as favelas e estou esperando retomar as atividades com penitenciárias”, diz.

Sem cansaço e com a saúde em dia, a irmã detalha que as preocupações sobre manter a rotina de trabalho começaram a surgir com a pandemia de covid-19.

Devido aos atendimentos serem realizados em sua maioria de modo presencial e Ilídia fazer parte do grupo de risco, o consultório perdeu muitos clientes e as contas passaram a acumular.

“Nós até fazíamos atendimento aqui, mas eram poucas pessoas e não conseguimos pagar as contas. Agora, estamos nessa situação, devendo aluguel, IPTU, funcionário e outras taxas.”

Agora vacinada contra a covid-19 e podendo retomar o ritmo, explica que teme não conseguir dar conta das dívidas. De acordo com Ilídia, os valores recebidos no serviço ajudam seu serviço social em favelas e comunidades carentes, por isso, a preocupação aumenta ainda mais.

Ela conta que há mais de 60 anos, desde que começou a fazer parte da Congregação, os serviços sociais são prestados. Com o trabalho independente realizado com os florais, as ações aumentaram.

Hoje, a irmã faz lembranças para entregar às crianças de comunidades carentes, assim como para as famílias em datas especiais, além de elaborar atividades com os grupos. Em conjunto com doações, os custos eram bancados com os valores do consultório.

Ao todo, a dívida com todos os encargos chega a R$ 39.034, conforme informado pela irmã. E para tentar pagar os valores, recebeu ajuda de conhecidos para criar uma vaquinha online e se prepara para realizar uma galinhada.

“Estamos tentando, mas temos medo dos valores arrecadados não serem suficientes. Quero continuar trabalhando, fazendo meu serviço, mas tem sido complicado”, diz.

Em sua vaquinha online, a irmã recebeu cerca de R$ 2 mil até agora, mas a meta é chegar ao valor total dos encargos, R$ 39.034. Para ajudar, é necessário acessar o site da arrecadação clicando aqui ou entrar em contato com a irmã para mais informações através dos números 67 99247-8473 e 67 3025-7540.