Por ser uma cidade grande com o “jeitinho” de interior, Campo Grande ou mais conhecida como “Cidade Morena” encanta seus habitantes e quem a visita, por suas cores marcantes como das araras e dos ipês, por sua diversidade de aves e árvores e pelas pessoas, com suas variedades de sotaques: “erres” compridos, “esses” chiados, “tus”, “ocês”, falas arrastadas, enfim é um misto de beleza para ver, ouvir e sentir.

A bela Capital sul-mato-grossense completa nesta quinta-feira (26/8) 122 anos de história e devido a pandemia da covid-19, o desfile tradicional não será realizado e o comércio vai funcionar de forma “quase” normal. Contudo, os moradores têm alguns bons motivos para comemorar e desfrutar desta data tão especial.

Campo Grande foi fundada em 1872, por José Antônio Pereira, e no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Calógeras é possível ver o busto encomendado pelos libaneses em sua homenagem. Mas uma curiosidade, sabia que Campo Grande tinha outro nome em 1889? Sim, se chamava Santo Antônio de Campo Grande e só anos depois foi nomeada como conhecemos atualmente.

A “Cidade Morena” recebeu o título de uma das cidades mais arborizadas do Brasil e foi reconhecida internacionalmente como uma Tree Cities of the World “Cidades Árvore do Mundo”, pelo compromisso assumido de cultivar e manter suas cidades florestas urbanas.

Para quem mora e passa por aqui têm o privilégio de conhecer parques, com exuberantes áreas verdes, o que a torna convidativa para a prática de atividades físicas e passeios ao ar livre. Os parques das Nações Indígenas e dos Poderes, por exemplo, atraem cada vez mais pessoas em busca de uma conexão maior com a natureza e qualidade de vida e este fator foi essencial no enfrentamento da pandemia da covid-19.

A “Cidade Morena” é motivo de orgulho para seus moradores devido ao patrimônio cultural que enriquece a Capital e estes locais viraram postos de vacinação como por exemplo o Albano Franco, Ginásio Guanandizão, praças e locais que pudessem receber o maior número de pessoas sem aglomeração.

A pandemia mudou o estilo de vida da população mundial, contudo, para os moradores da Capital locais considerados patrimônios históricos como Parque das Nações Indígenas, Praça Ary Coelho, Praça Pantaneira, também conhecida como Praça do Poeta, Parque Ayrton Senna, Praça Esportiva Elias Gadia, Praça Esportiva Belmar Fidalgo e a Orla Morena se tornaram referências para quem podia sair um pouquinho do isolamento social e respirar um ar puro e apenas caminhar.

As programações preferidas do campo-grandense para o fim de semana antes da pandemia era comer na Bom Pastor, sobá na Feira Central, tereré na Orla do Aeroporto, contudo, estes hábitos foram evitados com o objetivo de preservar a saúde, mas com o avanço da vacinação, o cotidiano está, aos poucos, voltando ao normal.

A “Cidade Morena” é culturalmente rica por sua mistura de povos diversos, paisagens típicas do cerrado e a porta de entrada para quem deseja conhecer o Pantanal ou Bonito.

Os shows foram suspensos, mas as lives ganharam espaço na vida de quem gosta de cantar e dançar, mesmo que no aconchego do seu lar. A época de ouro da música paraguaia foi marcada pela viola de Almir Sater. Não se faz festa em Mato Grosso do Sul sem uma dupla de paraguaios tocando harpa e violão. O sertanejo domina as festas e eventos, mas também, têm espaço para quem gosta de pagode, rock, blues entre outros estilos musicais.

A pandemia está controlada e a vida aos poucos está voltando ao normal e mais uma vez fomos privilegiados por morarmos em uma cidade que encanta a todos por suas paisagens repletas de natureza, pelo seu pôr do sol, pelos animais e muitas outras coisas que têm a oferecer que refletem na saúde e qualidade de vida de toda a população.

Parabéns, Campo Grande. Mais um ano de vida!

Texto: Da Redação