Os itens que compõem a cesta básica de Campo Grande ficaram 14,39% mais caros em 2022, sendo o maior aumento do país. Em novembro, o valor da cesta chegou a R$ 733,65, com variação mensal de 3,17%, segundo levantamento feito pelo Dieese/MS (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Em números absolutos, a cesta básica de Campo Grande é a quinta mais cara do país. Em novembro, a batata ficou 28% mais cara na Capital e o tomate teve a alta mais expressiva, de 35,7%. A banana apresenta altas sucessivas há 5 meses, ficando 12,66% mais cara no último mês.
Considerando o salário mínimo vigente de R$ 1.212, o trabalhador de Campo Grande precisa gastar 65,4% do valor para conseguir pagar os itens da cesta básica. Isso significa que em um mês, ele precisa trabalhar 133h10 para adquirir os itens.
Para alimentar uma família composta por quatro pessoas, a cesta de alimentos chega a custar R$ 2.200,95 em Campo Grande. Dessa forma, o salário mínimo ideal para sobrevivência de uma família com dignidade, deveria ser de R$ 6.458,86. Ou seja, 5,33 vezes o mínimo atual.