O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, em parceria com diversas Organizações Não Governamentais (ONGs) e a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), está realizando ações para diminuir a incidência de mortes de animais nas estradas estaduais e federais monitoradas entre Bonito e Aquidauana, região conhecida pelo turismo no estado.
Segundo a Secretaria de Infraestrutura do Governo do Estado (Seinfra), tomando em conta 600 quilômetros de estradas que são monitoradas na área, cerca de 45 a 50 animais morrem vítimas de acidentes por mês. Isso ocorre por conta de boa parte das matas às margens das estradas serem preservadas, com grande passagem de animais silvestres pela região.
Uma das medidas para ajudar na prevenção dos acidentes é o programa “Estrada Viva”, desenvolvido desde 2016 em parceria com a UEMS, catalogando as espécies atropeladas e identificando os principais pontos de passagem dos animais para propor medidas preventivas e de mitigação dos incidentes.
Para dar mais aplicabilidade ao programa, o Secretário de Estado de Infraestrutura, Eduardo Riedel, se reuniu com representantes de diversas ONGs que atuam na defesa da fauna e flora da região da Serra Bodoquena para planejar ações e parcerias.
Na MS-178, o governo do estado deve realizar a instalação de passagens superiores para o trânsito de animais silvestres e nos rios Formoso e Formosinho, cercas serão instaladas nas laterais das pontes.
Também está em fase de desenvolvimento, segundo a Seinfra, um aplicativo com o nome do projeto Estrada Viva para alertar os viajantes de acidentes na estrada. A ideia é de que, quando uma pessoa presenciar um animal atropelado, ela possa comunicar as autoridades por intermédio do app, acionando imediatamente uma equipe para realizar o resgate, evitando, inclusive, outros acidentes na região.
De acordo com a Seinfra, o aplicativo está em elaboração pela área técnica e o projeto estruturado para viabilizar a eficiência já em consonância com os profissionais que hoje atuam e atuarão no projeto. Assim que o aplicativo começar a funcionar, o projeto ainda passará a contar com 2 médicos veterinários que estarão à disposição para primeiros socorros dos animais atropelados da região.
Segundo a Seinfra, há tratativas para uma sede em Bonito, que serviria de base para os profissionais que trabalhariam nesse serviço de resgate. Ainda estão em fase de discussões mais monitoramentos nas MS-040, MS-382 e MS-345 para maior obtenção de dados e assertividade nas ações. “Teremos todos os elementos necessários para mitigar, de fato, os acidentes nas estradas que envolvem animais. Não podemos terminar um projeto sem isso. Vai além de Bonito e da Serra da Bodoquena, vamos ampliar para todo o Estado. Busca-se adotar uma política de empreendimentos viários sustentáveis, com proteção de fauna e segurança de pessoas”, afirma Riedel.
Fonte: Por João Pedro Godoy, G1MS