Corumbá, Ladário e Porto Murtinho, cidades de Mato Grosso do Sul que captam a água do Rio Paraguai para o abastecimento, passaram a adotar um sistema de bombeamento alternativo para continuarem provendo recursos hídricos aos moradores. A afirmação foi dada pelo secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, em um evento virtual, na segunda-feira (30/8).

“Em nível de Estado, a Sanesul já tem plano de contingenciamento. Em Ladário, logo não se consegue mais captar água do rio Paraguai. Portanto, já estamos com sistema de bombeamento alternativo pra abastecer Ladário e Corumbá. O mesmo está sendo feito em Porto Murtinho”, disse Verruck.

A medida surgiu como uma “alternativa” para evitar o desabastecimento de água em algumas cidades de Mato Grosso do Sul. Conforme o diretor-presidente da Sanesul – empresa que adotará o sistema alternativo – Walter Carneiro, bombas serão colocadas na região central do leito do Rio Paraguai para realizar a captação, nestes pontos com maior profundidade.

“A gente tem um plano de contingenciamento, vamos pegar as bombas móveis, levar ao centro do rio. Por causa do nível de água, vamos desligar a bomba fixa e acionar as bombas móveis no centro do leito do rio. Vivemos um período de seca muito extremo. Dia a dia o rio vem perdendo nível e estamos trabalhando de forma preventiva para se amanhã ou depois termos a alternativa. Não há o risco de faltar água na região, trabalhamos para não faltar”, comenta Walter.

Diante do agravante, Verruck mencionou o posicionamento do governo frente à falta de água. “A água será usada preferencialmente para geração de energia elétrica. Todos os outros usos múltiplos serão suspensos. Isso já é uma diretriz, considerando os riscos que temos”.

Para o Secretário, o uso racional dos recursos hídricos é imprescindível neste momento. A abertura de poços profundos para extração de água foi outro ponto abordado na reunião on-line, para Verruck, “normalmente esse é o movimento” e complementou dizendo que “não há uma solução a curto prazo.”

Fonte: Por José Câmara, G1 MS