A Comissão Permanente de Transporte e Trânsito realizou uma audiência pública, na última sexta-feira (3), para debater soluções para o transporte coletivo.  Na oportunidade, também foi exposto todo o trabalho que a comissão realizou durante esse ano, com a participação de diversos segmentos da sociedade.

“Foi uma grande conquista que possibilitou a melhora do fluxo de passageiros em horários de pico”, disse o vereador e presidente da Comissão, Coronel Alírio Villasanti, a respeito do escalonamento de horário da entrada e da saída dos estudantes, nas escolas municipais e em duas escolas estaduais na área central da cidade.

Outro avanço importante foi a reforma de três dos nove terminais. São eles: Guaicurus, Bandeirantes e Júlio de Castilho.

Nesses terminais, foram realizadas as reformas na parte elétrica e hidráulica, houve maior acessibilidade, bancos e bebedouros novos, tomadas para carregar a bateria do celular, prevenção e combate ao incêndio, sistema de para-raios, bicicletários e o fechamento de portões, no período noturno para evitar vandalismos.

Essas melhorias foram observadas pelos usuários do transporte coletivo.

“Os bancos estão novos, e enquanto espero o ônibus, posso carregar o meu celular”, disse a atendente de telemarketing Yasmine Alfonso.

Com a intenção de proporcionar mais segurança ao usuário do transporte coletivo e a preservação dos terminais, a Guarda Civil Metropolitana também está presente, 24 horas por dia, nos três terminais citados acima.

“Já presenciei muitas brigas na hora de entrar no ônibus e discussões com o motorista. Com a Guarda presente, eu me sinto mais segura ”, relatou a estudante Cinthia da Silva Ribeiro.

Entre os assuntos colocados em pauta, foi discutida a possibilidade de criar um fundo para custear a gratuidade para os estudantes, idosos e portadores de necessidades especiais.

O presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, mostrou em planilha, o quanto custaria o ticket se não houvesse a gratuidade.

“Hoje, o usuário do transporte coletivo paga R$ 4,20 pela passagem. Cairia para R$ 3,12 se não fosse a gratuidade para os estudantes, os idosos e os portadores de necessidades especiais. Quem deu a gratuidade, que pague por ela. A prefeitura colocou gratuidade para o estudante, mas colocou o cidadão e o empresário para pagar a conta”, enfatizou João Rezende.

Outra discussão também foi em relação a isenção de impostos, como o ICMS (Imposto sobre Circulação e Mercadorias e Serviços) e o ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza).

O diretor-presidente da Agereg, Otávio Figueiró, mostrou-se a favor da gratuidade custeada pelo poder público e da isenção desses impostos, para reduzir a tarifa e melhorar a prestação de serviço do Consórcio Guaicurus.

“Que o município pague pelos alunos da rede municipal, o estado pague pelos alunos da rede estadual, e que volte a isenção do ICMS e ISSQN. Equilibrando as contas, a gente consegue cobrar do consórcio e ter um serviço melhor”, analisou.

Para o vereador Coronel Alírio Villasanti, essa audiência pública teve uma conquista importante que foi inserir outros segmentos nos debates em busca de soluções para o transporte coletivo.

“Tivemos a presença dos trabalhadores do setor do transporte coletivo, as lideranças comunitárias, os estudantes e as entidades representativas dos usuários. Segmentos importantes da nossa sociedade”, apontou e completou dizendo que é preciso ter a grandeza para reconhecer que o sistema atual está ultrapassado e que os usuários precisam ter um transporte público de qualidade.

Para o vereador, é preciso discutir sobre escalonamento ou a ampliação do horário do comércio e a implementação de um corredor exclusivo de ônibus para a principal avenida da capital, a Afonso Pena.

Outro apontamento abordado foi a instalação de coberturas nos pontos de ônibus, proporcionando maior conforto e dignidade aos usuários. A cobrança da volta de ônibus com ar condicionado também foi colocada em pauta.

“Temos que ter ações que resolvam ou pelo menos minimizem as aglomerações nos terminais e as lotações de algumas linhas, ambos em horários de pico. Também é preciso resolver a questão dos atrasos. O usuário do transporte coletivo merece um transporte público de qualidade, terminais com mais estrutura, proporcionando maior conforto e segurança à população. O transporte coletivo é um direito social”, concluiu o vereador.

Texto e foto: Assessoria de Imprensa/ Leila