Após a Associação das Distribuidoras de Combustíveis (Brasilcom) emitir uma nota sobre cortes nas distribuições de combustíveis, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro) disse ao Correio do Estado que a informação ainda não foi confirmada pela Petrobras.
O diretor-executivo do Sinpetro, Edson Lazarotto, declarou que existe uma dificuldade de fazer importação de produtos, devido à oscilação do dólar.
“Existia uma ideia de fazer uma adequação de pedidos para atender todo o mercado, mas, por enquanto, é uma ideia. Tive conversando com representantes da Petrobras e eles disseram que ainda está dentro da normalidade”, relatou Lazarotto.
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Em nota, a Brasilcom afirmou que diversas distribuidoras de combustíveis receberam comunicados do setor comercial da Petrobras informando uma série de cortes unilaterais nos pedidos feitos para fornecimento de gasolina e óleo diesel para o mês de novembro.
“As reduções promovidas pela Petrobras, em alguns casos chegando a mais de 50% do volume solicitado para compra, colocam o país em situação de potencial desabastecimento”, alertou.
A associação disse que comunicou a Agência Nacional de Petróleo (ANP) sobre o problema.
“A Brasilcom, buscando, como sempre, garantir o abastecimento nacional espera que os órgãos governamentais, face à gravidade do tema, ajam com a costumeira eficácia, implementando as medidas necessárias para evitar a perspectiva de desabastecimento”, garantiu em nota.
Lazarotto acredita que, no momento, está tudo dentro da normalidade, mas que não pode afirmar que isso irá permanecer, já que em todo o mundo enfrenta a falta de combustível.
“Não está tendo produto lá fora, matéria-prima está escassa. O anidro, produto usado como aditivo que está em 27% da gasolina, está em falta, por causa da estiagem”, lembrou o diretor-executivo da Sinpetro.
Sobre as altas nos preços do combustível, Lazarotto disse que o governo tem feito diversas intervenções para que o consumidor não seja impactado.
“Como em qualquer segmento, quando se tem a oferta menor que a procura a tendência é que venha encarecer, mas o governo está fazendo todo o esforço possível para não impactar no preço final. Vários fatores fazem com que o preço aumente, principalmente o dólar e a inflação”, contou.
O último aumento foi no dia 9 de outubro, quando o preço médio da gasolina passou de R$ 5,987 para R$ 6,019.
Fonte: Correio do Estado