O Grupo Sanssouci, do Espaço de Dança Suzana Leite, representou Campo Grande no CIAD (Concurso Internacional de Danças), em Buenos Aires na Argentina, e ganhou 13 prêmios no último domingo (23). Na lista estão sete medalhas de ouro, duas de prata, além dos prêmios de melhor grupo de jazz na categoria maiores três, além de melhor grupo de solistas do festival.

Foi a primeira vez que o grupo de dançarinas de ballet clássico e jazz participaram de um campeonato internacional. No evento, apresentaram todas as danças com músicas brasileiras. Elas começaram a se preparar em fevereiro e contam que o treinamento para ganhar tantas medalhas foi intenso.

“Nós contamos com muitas horas semanais de ensaios, assim como uma assistência individual para solistas, preparação de coreografia, preparação física e levou aí nesses 8 meses de trabalho”, relatou a professora e diretora do Espaço de Dança Suzana Leite, Graciela Quintana.

Além de toda preparação técnica, também não foi fácil conseguir viajar. As jovens fizeram diversas ações com vaquinha, rifas, além de venderem alimentos para arrecadar o dinheiro necessário. Depois de tanto trabalho e quase dois mil quilômetros de viagem, as dançarinas voltam com todas as 11 coreografias que apresentaram premiadas.

Para Maria Carolina de Souza Estevez Garcia, que dança desde os três anos de idade e agora, com 21, representa o Brasil no campeonato, o sentimento é de gratidão e felicidade.

“A gente se dedicou, estávamos sempre querendo dar o nosso melhor, só que a gente não imaginava que seria tão bom quanto foi. Superou as nossas expectativas e o resultado disso foi a gente ter ganhado todos os prêmios”, diz a dançarina

Outro motivo de alegria para o grupo foi poder levar um pouco da cultura brasileira para os palcos argentinos, através dos passos de dança.

“Eu dancei um conjunto que fala sobre o lugar de fala das mulheres brasileiras e um conjunto de técnica livre, que também a gente traz o samba, traz o forró, traz o funk. Então fico muito contente para a gente poder levar a nossa cultura para outros países”, relatou a estudante Nathália Navarro de Araújo.