De acordo com dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe, na última semana, o Pantanal de Mato Grosso do Sul apresentou um aumento de aproximadamente 358% no número de focos de incêndio mapeados pelo satélite de referência do Inpe, conforme dados consultados nesta manhã (4).

Nos últimos sete dias, foram 60 registros de fogo no bioma pantaneiro, enquanto a semana anterior teve 14. Até o momento, segundo levantamento feito, o pico de ocorrências se deu em meados do mês de maio.

Foto de focos de incêndio combatidos no dia (3) pelos bombeiros na região de Corumbá- (Foto: Inpe)

Ontem (3), bombeiros militares foram até área distante cerca de 30 quilômetros do perímetro urbano de Corumbá, em uma embarcação, após ter sido solicitado apoio de moradores da região. O local isolado só podia ser acessado por barcos pequenos, por meio do Rio Paraguai.

Também no domingo, outro incêndio aconteceu no município de Aquidauana, no Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, próximo ao Corixo do Cerrado.

Vale ressaltar que a estação úmida do Pantanal, que conecta lagoas e forma ampla área alagada, costuma ocorrer entre os meses de outubro e março, enquanto a seca se estende de abril a setembro.

Neste ano, os bombeiros têm feito triagem dos focos de incêndio, monitorados via satélite, para apurar se o fogo é autorizado. Conforme o órgão, caso seja ação ilegal, equipes são mobilizadas e enviados relatórios às autoridades competentes.

Em 2021, os Ministérios Públicos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apontaram que a maior parte (60%) das queimadas no bioma, que resultaram em “impactos incalculáveis à biodiversidade, à saúde humana e à economia”, têm como principal hipótese uma ligação com atividades agropastoris.

Foto: Edemir Rodrigues