Quatro dos oito presos nas duas fases da Operação “Dark Money” tiveram a prisão preventiva decretada pelo juiz Marco Antonio Montagnana Morais, da 2ª Vara da comarca de Maracaju. Eles são acusados de desvio de R$ 23 milhões do cofre público da cidade localizada a 160 km de Campo Grande.

A decisão do magistrado convertendo a prisão temporária (válida por cinco dias) em prisão sem prazo definido atinge os ex-secretários de Finanças Lenilso Carvalho Antunes e Daiana Cristina Kuhn e o empresário Pedro Everson Amaral Pinto.

O quarto investigado também com prisão preventiva já decretada é o ex-servidor da prefeitura Edmilson Alves Fernandes, preso na segunda fase da operação, no domingo (25/9). O Campo Grande News apurou que a prisão dele foi decretada após os depoimentos de outros investigados.

Fernando Martinelli Sartori, Moisés Freitas Victor e Iasmin Cristaldo Cardoso vão ficar em liberdade provisória, mas serão monitorados com uso de tornozeleira eletrônica.

O ex-prefeito Maurílio Azambuja (MDB), que administrou o município por três mandatos, deve prestar depoimento hoje. Com prisão temporária decretada na primeira fase, ele escapou das buscas no dia 22.

Após a justiça negar a revogação do mandado de prisão, Maurílio se apresentou sexta-feira (22/9), na sede do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), em Campo Grande. A polícia já pediu a prisão preventiva dele e a decisão deve sair ainda hoje.

O esquema – Segundo a polícia, pelo menos 600 lâminas de cheque de conta bancária de fachada, que não passava por órgãos de controle interno e externo, foram emitidas para pagamento destinado a empresas sem qualquer lastro jurídico para amparar os pagamentos. O valor total supera os R$ 23 milhões.

O dinheiro era desviado da conta para as empresas sem emissão de notas fiscais e sem o empenho de 19 despesas, que foram alvos de mandados de busca na semana passada. São 13 empresas localizadas em Maracaju, três na Capital, duas em Ponta Porã e uma em Corumbá.

CRÉDITO: CAMPO GRANDE NEWS