Foi preso na manhã desta segunda-feira (19/07) o último acusado que estava com mandado de prisão preventiva expedido em razão da Operação Kaizen deflagrada na semana passada pela Defron e Polícia Civil. O rapaz preso é empresário, proprietário de uma empresa de internet.
As investigações que desencandearam a Operação em Dourados, Campo Grande e RJ, teve inicio no dia 11 de maio deste ano, data a qual a Defron apreendeu cerca de três toneladas de maconha, skunk e droga conhecida como BHO, que se encontravam armazenadas em um imóvel localizado no Parque dos Jequitibás, em Dourados. Na ocasião foi preso um indivíduo, que era o responsável pela guarda dos entorpecentes.
Ao ser realizada a apreensão restou constatado que a droga era de grande qualidade, o que chamou a atenção até mesmo dos policiais, além da apreensão de pipetas, tubos de ensaio, maçaricos e gás butano, material destinado à produção do BHO (uma maconha sintética com altíssimo poder alucinógeno).
Assim, desde então diligências passaram a ser realizadas visando identificar todos aqueles envolvidos no tráfico, constatando-se que o líder era um douradense que se encontra preso no presídio de Bangu I, no Rio de Janeiro, uma vez que foi flagrado transportando 06 toneladas de maconha de Dourados para aquele Estado.
Além disso, o irmão desse preso, também de ascendência japonesa e integrante de uma família tradicional de Dourados, o qual igualmente se encontra preso (na PED) pela prática de tráfico de drogas, também integrava a associação, cujo lema era sempre promover uma “Melhoria Contínua” (Kaizen, na língua japonesa) na qualidade das drogas vendidas.
Ademais, identificou-se o responsável pela elaboração dos procedimentos químicos para a produção do BHO trata-se de um douradense, conhecido pelos comparsas como Piruka, o químico.
Também, apurou-se que com os lucros da venda dos entorpecentes o líder da quadrilha adquiriu duas carretas, cada avaliada em R$ 200.000,00, as quais constantemente realizavam viagens para o Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo.
Conforme o descortinado, somente nos últimos seis meses essa associação para o tráfico movimentou mais de quatro milhões de reais, sempre se utilizando da conta de “laranjas” e também mediante a aquisição de automóveis.
Assim, representou-se ao Poder Judiciário pela expedição de 12 mandados de Prisão Preventiva, 09 de Busca e Apreensão e 03 de Apreensão de bens, dentre os quais as duas carretas, pedidos deferidos.
Fonte: Dourados Agora