A secretaria estadual de Saúde (SES) confirmou o primeiro caso de mucormicose, ou “fungo preto” (como é popularmente conhecido), em um morador de Mato Grosso do Sul. O paciente era um homem, de 71 anos, que residia em Campo Grande e morreu no dia 2 de junho deste ano, quando o caso ainda era tratado como “suspeito” pela pasta estadual.

A SES informou que o exame do paciente foi coletado no dia 31 de maio e estava em análise no Instituto Adolf Lutz, em São Paulo, para a identificação da espécie de fungo.

A pasta detalhou que uma segunda amostra segue em análise, no laboratório paulista.

Entenda o caso

No início de junho deste ano, o G1 teve acesso a um comunicado de risco elaborado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) de Mato Grosso do Sul, onde informaram sobre um caso suspeito de mucormicose.

O paciente era residente em Campo Grande e possui diabetes e pressão alta. Na nota emitida pelo Cievs, é detalhado que o homem começou a apresentar sintomas de Síndrome Aguda Grave, no dia 9 de maio de 2021. Em 18/05/2021, o paciente foi positivado para Covid, por meio do teste RT-PCR.

No dia 28 de maio de 2021, o Cievs detalhou que a suspeita do fungo surgiu por meio de uma lesão no olho do paciente. “Suspeita de mucormicose no olho esquerdo com equimose palpebral intensa e lesão necrótica superior poupando a borda, apresentando quemose conjuntival sanguinolenta e úlcera corneana”.

No dia 2 de junho, o homem que estava internado em um hospital, em Campo Grande, para tratar da possibilidade de contaminação com o “fungo preto”, morreu. Veja vídeo abaixo com os riscos do fungo.

O que é a mucormicose?

Popularmente conhecido como “fungo preto”, o quadro mata mais de 50% dos acometidos. Muitos precisam passar por cirurgias mutilantes, que retiram partes do corpo afetadas pelo micro-organismo, como os olhos.