Em entrevista à Rádio Hora 92,32 FM, a Deputado Federal, Rose Modesto (PSDB), confirmou a segunda unidade da Casa da Mulher Brasileira em Mato Grosso do Sul, mas agora na cidade de Dourados.
“A segunda Casa da Mulher Brasileira será construída na cidade de Dourados ao lado de uma aldeia, o que será muito importante para que as meninas e mulheres indígenas tenham acesso a esse serviço de proteção e combate a violência contra a mulher”, disse Rose Modesto.
As vítimas de violência serão acompanhadas através de visitas domiciliares, monitoramento dentro e fora das aldeias. Atualmente, o país conta com sete unidades da Casa da Mulher Brasileira, localizadas em Brasília, São Luís, Boa Vista, Fortaleza, Curitiba, Campo Grande e São Paulo.
Na última sexta-feira (27/8), a Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, esteve em Dourados para discutir o aumento da violência nas aldeias indígenas, especificamente a de gênero em relação às mulheres e crianças. Na ocasião, a Ministra confirmou a segunda Casa da Mulher Brasileira em Mato Grosso do Sul.
No dia 9 de agosto, a menina indígena Raissa Silva Cabreira, de 11 anos de idade, foi alcoolizada, estuprada e assassinada por cinco homens, entre eles o próprio tio.
Em um dos seus discursos, Damares pediu desculpas em memória da Raíssa e de outras crianças indígenas que morreram em decorrência a violência de gênero, ressaltando que chegou ‘tarde demais’ e que as políticas de combate a esses crimes devem ser mais rigorosas.
A reportagem entrou em contato com a Subsecretária de Políticas Públicas para as Mulheres para mais informações sobre o assunto, mas não tivemos retorno até a publicação do conteúdo.
CASA DA MULHER BRASILEIRA
A Casa da Mulher Brasileira, localizada em Campo Grande, foi a primeira criada em todo o Brasill em 2015, prestando atendimento especializado a mulheres em situação de violência.
No ano passado, foram registrados 5.755 casos de violência doméstica contra mulheres; 407 estupros; 86 de importunação sexual; 14 de feminicídio tentado; 11 de feminicídio consumado em Mato Grosso do Sul, de acordo com a Subsecretaria de Políticas para a Mulher (SEMU).
Na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), foram confeccionados 7.328 boletins de ocorrência no ano de 2020, com 4.713 pedidos de medidas protetivas e 408 autos de prisão em flagrante.
A Casa da Mulher Brasileira oferece acolhimento e triagem, apoio psicossocial, alojamento de passagem, brinquedoteca, central de transportes, Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM 24h, todos os dias), Patrulha Maria da Penha, Promotoria de Justiça Especializada e a Defensoria Pública Especializada.
Fonte: Correio do Estado