Foi deflagrado pela Polícia Federal, na manhã deste sábado (3), a “Operação Eventus” contra facção criminosa que lavava dinheiro oriundo de atividades ilícitas.

Foram cumpridos 4 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 6ª Vara Criminal da Comarca de Campo Grande.

Enquanto os agentes realizavam as buscas, um dos suspeitos tentou despistar os policiais e apresentou documento falso.

Quando os profissionais analisaram o documento verdadeiro, descobriram que o investigado tinha um mandado de prisão pendente de cumprimento. Além disso, constataram que ele já havia sido preso na “Operação Cerberus”, deflagrada em 2017.

Segundo a Polícia Federal, duas pessoas foram presas em flagrante, além de serem apreendidos 3 celulares, 1 veículo, 2 pistolas, munições, e R$ 4,5 mil em espécie.

Durante as investigações, constatou-se que a organização criminosa abria empresas e construía imóveis em Campo Grande como forma de lavar o dinheiro proveniente de práticas ilegais e, ainda, utilizá-los como esconderijo de armas e munições.

Foram empenhados 25 policiais federais para atuação na operação deste sábado.

Operação Cerberus

Foi deflagrada em 2017 pela Polícia Federal, em ação conjunta com a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen-MS) e com o Batalhão de Choque da Polícia Militar, contra organização criminosa especializada no contrabando de armas e que planejava resgatar um preso.

Em Campo Grande, onde o grupo planejava realizar o resgate, foram cumpridos 3 mandados de condução coercitiva, 1 mandado de prisão preventiva e 4 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 1ª Vara Criminal de Três Lagoas.

As investigações começaram depois que o líder do grupo, de 31 anos, tentou fugir da Penitenciária de Três Lagoas, usando uma pistola calibre 380.

Após a primeira tentativa, o presidiário foi transferido para a Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande. No local, começou a contrabandear armas de fogo, que seriam revendidas no sudeste do país,

com a ajuda de sua namorada e de outros três indivíduos.

Além disso, fez nova tentativa de fuga mediante a rendição e possível assassinato de agentes penitenciários durante escolta para consulta médica.

Segundo a PF, nome da operação fez alusão à criatura responsável por impedir a fuga das almas de criminosos que tentavam escapar do inferno, segundo a mitologia grega.

Fonte: Gabrielle Tavares – Correio do Estado